AO DESTINATÁRIO.
Em meio à maior crise econômica contemporânea, onde uma grande parte do mercado ficou absolutamente dependente do e-commerce. O setor já vinha crescendo nos últimos anos e se firmou definitivamente com a pandemia. No entanto, os Correios entraram em greve. Aliás, já é de praxe, que isso aconteça. A paralisação na Estatal se tornou praticamente anual. Assim, fica evidente que a privatização é o melhor caminho.
O motivo, desta vez, é a revogação do acordo coletivo, cuja validade era até 2021. Além de um protesto contra a ideia de privatização da empresa, proposta pelo ministro Paulo Guedes e que o Governo Federal defendeu amplamente.
Vale lembrar que a Estatal, há muito, deixou de ser lucrativa. Entre escândalos de corrupção, gestão desastrosa e ineficiência no serviço, um dos últimos monopólios brasileiros amargou, desde 2013, sem nenhuma concorrência, um prejuízo de 3.1 bilhões.
A paralisação, por si só, é uma demonstração do quanto a privatização se faz necessária. Enquanto, na iniciativa privada, milhões de brasileiros perdem o emprego e outros tantos têm seus salários reduzidos, os funcionários dos Correios entram em greve por mais benefícios.
O grupo que defende a necessidade da gestão Estatal, devido à função social do serviço prestado, é o mesmo que desampara o cidadão na hora de maior necessidade. É este mesmo grupo que faz uma ação visando somente os próprios interesses. Tudo isso, enquanto a arrecadação Federal despenca mais de 25%.
Claro que todos querem melhores condições de trabalho e, se possível, maiores remunerações. No momento, porém, os concursados, com estabilidade de emprego, não são e nem podem ser a prioridade do governo. 66 milhões de brasileiros estão dependendo do Auxílio Emergencial para colocar comida no prato. É justo, então, neste momento, que se socorram, primeiramente, aqueles que se encontram em maiores dificuldades.
As greves dos Correios
As greves periódicas, enquanto a empresa registra recordes de prejuízo, revelam um dos vícios mais prejudiciais das Estatais: A impossibilidade de quebrar. Independe do quão deficitária seja, o governo a sustenta; ainda que às custas do aumento da dívida pública, que gera um ônus imenso para todos os demais cidadãos.
A própria estabilidade de emprego, neste caso, não faz nenhum sentido; já que a mesma existe, teoricamente, para que funcionários públicos possam exercer suas funções sem que sofram perseguições políticas. As funções de um funcionário dos Correios não entram, ou ao menos não deveriam entrar, em conflito de interesses com absolutamente nenhum cargo político.
Estas condutas fizeram despencar a confiança dos brasileiros na empresa, que era considerada a mais confiável, em 2017, e hoje desapareceu das primeiras posições, ficando atrás inclusive do Congresso Nacional e do STF, duas das instituições que mais cresceram em
rejeição nos últimos anos.
A
privatização não se trata de dilapidar o patrimônio nacional. Muito pelo contrário. Gerir empresas não é função do Estado e nem deve ser uma preocupação. A história recente nos mostrou que as Estatais, quando nas mãos erradas, transformam-se em um sumidouro de dinheiro público e deixam uma fatura altíssima para o futuro.
Sob comando da iniciativa privada, com certeza, além de tornar-se novamente uma empresa lucrativa, que contribuirá com impostos para o nosso país, retornará aos tempos que era uma referência de confiabilidade e eficiência.
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