FORA COM O FORO!

Julho de 1990, no extinto hotel Danubio, em São Paulo, acontecia o “Encontro de Partidos e Organizações de Esquerda da América Latina e do Caribe”. Promovido pelo PT, o evento contou com a participação de 48 organizações de 14 países diferentes. Ao término do encontro, foi firmada a “Declaração de São Paulo”, na qual os participantes se comprometeram a “procurar e avançar com propostas de unidade na ação da luta anti-imperialista”, bem como “promover intercâmbios especializados em torno dos problemas enfrentados pela esquerda continental após a queda do Muro de Berlim”. Em 1991, na Cidade do México, quando o grupo se batizou de “Foro de São Paulo”, já contava com 68 organizações, de 22 países.. Em 1993, em Havana, já eram 30 países envolvidos e o número de participantes não parava de aumentar. Até 2002, inclusive as FARC integravam o “seleto” grupo de participantes.

Nunca esconderam seus objetivos

Após a derrocada do socialismo soviético, a esquerda queria transformar a América Latina no novo “blocão” vermelho. Apoio nunca faltou. Criado por Lula e Fidel Castro, o movimento era endossado inclusive por Fernando Henrique Cardoso, que viria a ser nosso presidente logo depois. De 1994 a 2018, por 24 longos anos, sem que percebêssemos, fomos governados por membros ou simpatizantes de um projeto que, explicitamente, visa a tomada do poder em todo o continente. A “Pátria Grande”, também chamada de “URSAL” (União das Repúblicas Socialistas da América Latina), que teve seus denunciadores ridicularizados e taxados de “conspiracionistas”, não só é real como já esteve muito próximo de acontecer. Há 10 anos, tínhamos Lula como presidente do Brasil, Michelle Bachelet no Chile, Cristina Kirchner na Argentina, José Mujica no Uruguai, Fernando Lugo no Paraguai, Juan Manuel Santos na Colômbia, Evo Morales na Bolívia e Hugo Chávez na Venezuela. Portanto, a esquerda era praticamente unânime nos principais países do continente.

A impunidade

A certeza de impunidade, garantida pela hegemonia da narrativa, é tão grande que, apesar de a Lei dos Partidos Políticos (9096/95) em seu Art 28, inciso II, explicitar que o TSE deve determinar o cancelamento do registro civil e do estatuto de partido que fique provado estar subordinado a entidade estrangeira, os partidos vinculados à organização podem ser vistos no site oficial do Foro de São Paulo. São eles: PT, PCdoB, PCB, PDT e Cidadania. Essa “parceria ideológica” trouxe consequências desastrosas para o Brasil. Ao longo dos anos, bilhões saíram dos nossos cofres públicos, para financiar o projeto de poder dos países vizinhos. Cuba, Venezuela, Bolívia, todos receberam fortunas brasileiras, via BNDES, com perdas imensuráveis. Apesar de ter perdido força, com as recentes eleições da direita na região, isso não significa que deixou de ser uma ameaça; muito menos que tenha abandonado seu planos iniciais. O próprio José Dirceu, um dos cabeças do movimento, após a vitória de Bolsonaro, declarou: “Nós vamos tomar o poder, que é diferente de ganhar a eleição”.  

Os bastidores da política

O que acontece nos bastidores da política é muito mais grave do que os cidadãos conseguem imaginar. Os ataques, constantes e orquestrados, contra a direita, não são uma simples questão de visões ideológicas divergentes. É a resposta sistemática contra o resultado das eleições de 2018, que tirou a esquerda do poder no maior e mais importante país da região. Foi um duro golpe em um projeto de poder com mais de duas décadas e não foi aceito por seus simpatizantes, que não têm nenhum apreço pela democracia e pela liberdade. Todavia, combater o Foro de São Paulo não tem nada a ver com intolerância ou perseguição à esquerda. É uma necessidade para garantir a soberania e a independência brasileira, defendendo o país daqueles que não têm pátria, apenas ideologia.    

Compartilhe
Deixe seu comentário