Interferência política na soberania do Brasil sobre a Amazônia

A AMAZÔNIA ESTÁ BEM, OBRIGADO!

O interesse dos líderes mundiais na Amazônia não é um fenômeno recente. Com a maior bacia hidrográfica do planeta, a maior diversidade biológica do mundo e riquezas imensuráveis no seu subsolo, a região é alvo de cobiça. Não por acaso, em 2019, abrigava 15.900 ONGs “preservacionistas”, a maioria internacionais, que são as principais responsáveis pelas narrativas sobre o desmatamento; bem diferentes da realidade. Inicialmente, devemos lembrar que, em todo o mundo, o Brasil é o país que mantém a maior área verde proporcional. É a segunda maior área total do planeta. Ou seja, 60% do nosso território é coberto por florestas. Trata-se de um número bastante diferente da Europa Ocidental, onde estão nossos maiores críticos, que devastou 99,7% da sua vegetação original. Se considerarmos a emissão de poluentes, a história se repete. A produção de dióxido de carbono per capita, no Brasil, é obviamente menor do que a da China, EUA e Rússia, mas também inferior à da França, Itália, Canadá e até da Suíça. Temos 80% da nossa energia produzida através de fontes renováveis. O dobro da Europa, que atingiu 40% em 2020. Além disso, outra lenda comumente difundida é a de que nós somos o país que mais usa agrotóxicos no mundo; inclusive produtos proibidos pela União Européia. Temos a maior porção de terras agricultáveis do planeta. A Europa come a comida que nós produzimos. Alimentamos, aliás, 2 bilhões de pessoas. Ou seja: 25% da humanidade. Por tonelada de alimento produzido, gastamos apenas US$8,00 em defensivos agrícolas. Muito longe dos US$95,00 gastos pelo Japão e ainda inferior ao consumo da Itália, França, Alemanha, Canadá, Reino Unido, Polônia e da nossa vizinha Argentina.

Leis ambientais no Brasil

A ideia preservacionista, no Brasil, não é uma novidade e contraria o senso comum. Apesar da imagem criada pelo indianismo, no século XIX, as civilizações pré-Cabralinas eram semi-nômades e, portanto, não se preocupavam com a conservação do entorno. Essa consciência chegou somente junto com os portugueses, que se estabeleceram em cidades e, consequentemente, precisavam conservar o ambiente onde viviam. No entanto, no ano de 1605, 105 anos após o descobrimento, já tínhamos a nossa primeira “lei ambiental”, o “Regimento do Pau Brasil”, voltado à proteção das florestas. Em 1799, foi criado o “Regimento de Cortes de Madeiras”, com rígidas regras para o desmatamento. Já, em 1850, foi promulgada a lei nº 601, que disciplinava a ocupação do solo e estabelecia sanções para as atividades predatórias. Atualmente, temos, no Brasil, 73 parques de preservação ambiental. Sendo que o primeiro foi criado em 1911, através do decreto 8.843, no então recém incorporado território do Acre.

A Amazônia e a preservação ambiental

Especificamente sobre a Amazônia, a floresta mantém 86% de seu território intacto desde o descobrimento. A região, aliás, possui uma das leis ambientais mais restritivas do planeta. Mesmo dentro de propriedades privadas, apenas 20% da terra pode ser ocupada. 80%, obrigatoriamente, deve ser mantida como Área de Preservação Permanente. São dentro dessas áreas, aliás, onde ocorrem 90% dos desmatamentos e queimadas. Algo já previsto tanto pela legislação Federal quanto pela legislação Estadual, com a última alteração realizada em 2009. Ainda assim, em julho de 2020, mesmo estando em pleno período da seca na região, houve uma redução de 28% neste índices, se comparado a julho de 2019. A preservação ambiental precisa ser levada a sério. No Brasil, sempre foi encarada desta maneira. Nossos números comprovam isso, desmentindo qualquer narrativa contrária. O que não podemos admitir é interferência na soberania nacional, com clara intenção de manipulação política, daqueles que não conseguiram sequer cuidar de seus próprios territórios. A Amazônia é nossa e vai muito bem. Agradecemos a preocupação!

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