Marxismo cultural devastando o Brasil

Em que lado estamos? Direita e esquerda são termos ultrapassados, obsoletos. Originaram-se na Assembleia Nacional Francesa, no final do século XVIII, quando os partidários do Rei sentavam-se à direita e os simpatizantes da Revolução sentavam-se à esquerda. Muito antes, portanto, do Marxismo ter origem, na segunda metade do século XIX. Desde então, a geopolítica sofreu incontáveis mutações. Duas vertentes são insuficientes, dizendo o mínimo, para definir todo o prisma ideológico do século XXI.

Marxismo

O próprio Marxismo praticamente não mais existe. O que a maioria absoluta da dita “esquerda” defende, atualmente, é extremamente distante da teoria desenvolvida por Karl Marx e Friedrich Engels. Mesmo porque, os próprios dados colhidos, naquela época, já não têm mais qualquer validade. A situação econômica mundial é absolutamente diferente daquela observada nos idos de 1800, logo após a Revolução Industrial. Hoje, em um mundo com 7,8 bilhões de pessoas, pela primeira vez na história, temos uma taxa de pobreza na casa dos 9%. Absolutamente diferente de 1820, quando os pobres somavam 94% dos 1,08 bilhões de habitantes da Terra. O capitalismo, ao contrário do que imaginou a dupla de teóricos alemães, permitiu que o “proletariado” tivesse acesso a bens e serviços impensáveis até para a nobreza dos séculos passados. Já na primeira metade do século XX, descontentes com os rumos do Marxismo ou cientes de que não aconteceria uma “revolução proletária”, visto que os trabalhadores, naquele momento, já estavam começando a desfrutar das benesses do Mercado, alguns filósofos iniciaram outras linhas ideológicas. É o caso de Benito Mussolini, com longa atuação na militância “esquerdista”, que chegou a ser amigo pessoal de Vladimir Lenin e Angelica Balabanoff, os quais conheceu enquanto exilados na Suíça, mas rompeu com o Partido Socialista Italiano, em 1914, quando apoiou que a Itália tomasse posição na Guerra, contrariando a neutralidade absoluta defendida pelo Partido. Assim, foi acusado de “indignidade moral e política” e, então, expulso. 5 anos depois, fundou o Fasci Italiani di Combattimento, que daria origem ao Partido Fascista, defendendo a ideologia que o próprio “Il Duce” desenvolveu, ao lado de Giovanni Gentile - que acabou se tornando seu “Ministro da Instrução Pública” e promovendo uma ampla reforma educacional na Itália.

Terceira via política

O Fascismo, então, nasceu como uma TERCEIRA VIA POLÍTICA. Fortemente influenciada pelo Positivismo, crítica ao socialismo, mas adepta ao seu Estado forte e absoluto, e crítica ao capitalismo, mas adepta à propriedade privada - embora esta, indiretamente, acabasse controlada pelo Estado. Nesta mesma época, o Partido Trabalhista britânico tornava-se a segunda maior força política do Reino Unido. Composto majoritariamente por membros da “The Fabian Society”, defendia o desenvolvimento da “classe operária” e a tomada dos meios de produção por meio do “desenvolvimento humanista” das instituições já existentes; uma tática gradual e temporizada, inspirada da política do Cônsul Romano Quintus Fabius Maximus - de onde originou seu nome - conhecido como “Cuntactor” (O que adia), por sua estratégia de espera e lento atrito; a “guerra de desgaste”, que adotou contra Aníbal, no cerco aos Cartagineses (218 a.C).  

Neoliberalismo

Essa linha ideológica deu origem ao Neoliberalismo, proposto por economistas Alemães, Franceses e Norte-Americanos. Adaptava as ideias do Liberalismo Clássico às exigências de um Estado controlador e assistencialista; e inspirou os filósofos da “Escola de Frankfurt”, que também desenvolveram teorias socialistas alheias ao Marxismo, implementadas por meio de revoluções culturais - se infiltrando e tomando espaço na mídia, na classe artística e nos estabelecimentos de ensino. Para definirmos, então, todas as ideologias somente como “direita” ou “esquerda”, temos que colocar juntos os Marxistas, Gramscistas e Sociais Democratas; ou igualar Conservadores, Liberais e Anarcocapitalistas. Um erro tão grande quanto o cometido por quem tenta enquadrar o Fascismo em qualquer um dos lados. A complexidade da política moderna, com suas infinitas facetas, não pode ser resumida em preto ou branco. Entre um e outro, existe uma paleta incontável de cores e tons.

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