O aborto e a defesa do direito à vida

A VIDA NÃO SE NEGOCIA

De acordo com o site “Elas no Congresso”, minha atuação parlamentar não favorece as mulheres. A avaliação negativa, com -100 pontos, deve-se aos Projetos de Lei 1006, 1007, 1008 e 1009, de minha autoria, todos aumentando a pena para o crime de aborto. Por exemplo, o 1009, especificamente, prevê o aumento de pena justamente para os envolvidos no procedimento, quando este ocasionar lesão corporal ou o óbito da mulher. Mesmo assim, é criticado. Nada surpreendente. O portal foi criado pela revista “AzMina”, um folhetim ideológico que se autointitula “jornalismo feminista independente” e milita por causas como o aborto e a ideologia de gênero, além de apoiar movimentos segregacionistas como o “Black Lives Matters”. Toda a narrativa abortista não passa de um amontoado de falácias. Dizem que temos, no Brasil, entre um milhão e um milhão e meio de abortos por ano; acreditam que a legalização diminuiria este número; pensam que temos mais casos do que em países onde o aborto é legal. Nada além de mentiras.

Estatísticas sobre o aborto

Pra começar, o número de casos é sustentado pelas estatísticas do IPPF, que multiplica os números de internações por cinco, e do IPAS, que multiplica os números de internações por seis, mas é desmentido pelos dados do próprio SUS. De acordo com o estudo da UnB, realizado em 2010, uma a cada duas mulheres que aborta necessita internação. Um número muito superior ao apresentado pelas estatísticas abortistas. O estudo mostra também que 20 a 25% das internações são por aborto provocado. Sendo assim, considerando a média de 200.000 internações anuais, as causadas por aborto provocado ficam entre 40 e 50 mil; o que deixa o número total entre 80 e 100 mil. No máximo 10% do anunciado pelos defensores da legalização do método. Os dados dos países que legalizaram a prática desmentem a segunda afirmação, de que derrubar a proibição diminui o número de casos. Assim, EUA, Suécia, Espanha e Inglaterra observaram um crescimento gradual na realização dos procedimentos, desde a legalização, especialmente entre as adolescentes. Na Suécia, com uma população de pouco mais de 10 milhões de habitantes, onde o aborto foi legalizado em 1939, são realizados quase 40 mil procedimentos anuais. Ou seja, com uma população vinte vezes menor do que a nossa, realizam quase a metade dos procedimentos estimados no Brasil. O que exclui também qualquer argumento de questão social, visto que a renda per capita sueca é uma das maiores do mundo. Ou seja, as estatísticas da Suécia não são isoladas. Ao contrário, se confirmam quando olhamos os dados de outros países desenvolvidos. França, com uma população de 50 milhões, quatro vezes menor do que a brasileira, realiza o dobro de procedimentos. Inglaterra, também com 50 milhões de habitantes, empata com nossos números. Japão, com metade da nossa população, aborta 200 mil crianças por ano. No entanto, o Brasil segue na contramão, com o número de abortos reduzindo ano após ano, como comprovado pela diminuição de curetagens realizadas.

Legalização do aborto

Os fatos também mostram que legalizar o aborto não diminui a mortalidade materna. Por exemplo, a Índia, com o procedimento legalizado, tem uma mortalidade altíssima. Já, o Chile, com uma das leis mais restritivas do mundo, tem os menores índices de mortalidade da América Latina. Por sua vez, na Polônia, onde o aborto era permitido, depois de proibi-lo (com restrições) praticamente zerou os óbitos de gestantes. Aborto não é sobre saúde pública. É apenas parte de uma nefasta agenda progressista de controle. A vida é o direito primordial. Sem ele, nenhum outro faz sentido. Fico, então, muito honrado em ser mal avaliado por um portal que usa do direito das mulheres para fazer manipulação ideológica. Ser reprovado por estas pessoas me mostra que estou no caminho certo.

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