Em um livro-entrevista publicado na Itália nesta terça-feira (11/02), o Papa Francisco muito conhecido por seus posicionamentos um tanto ou quanto modernos criticou a teoria do gênero. Essa teoria quer minar a Humanidade em todos os campos e em todas as variações educacionais possíveis, afirmou o pontífice. Para ele, essa ideia é imposta de cima por certos Estados como o único caminho cultural possível a ser seguido. O Papa já havia falado brevemente sobre esse assunto em um trabalho dedicado ao papa polonês João Paulo II (São João Paulo, o Grande). Ele reitera, no entanto, que suas observações não se referem de maneira alguma aos homossexuais, que são bem-vindos à Igreja Católica. Minha referência é mais ampla e diz respeito a uma raiz cultural perigosa, aponta ele. Para o papa argentino, a teoria de gênero propõe implicitamente a destruição na raiz do projeto de criação de Deus para cada um de nós: a diversidade, a distinção. A teoria quer tornar tudo homogêneo, neutro. É o ataque contra a diferença, contra a criação de Deus, contra o homem e a mulher, complementou. Francisco afirma que não se trata de discriminação contra alguém, mas sim que deseja simplesmente alertar contra a tentação de cair no que foi o projeto maluco dos habitantes de Babel que, em um episódio bíblico, quiseram se limitar a um único idioma e a um único povo. Essa aparente uniformidade os levou à autodestruição, porque é um projeto ideológico que não leva em conta a realidade, a verdadeira diversidade das pessoas, acrescenta. Não é apagando a diferença que vamos nos aproximar, mas é acolhendo o outro em sua diferença, completou. As informações são do G1.
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