O QUE RESTOU DA LIBERDADE NO BRASIL?

Por Capitão Augusto – Deputado Federal e vice-presidente nacional do PL

O que se vê no Brasil de hoje é algo que há pouco tempo pareceria impensável: a tentativa de criminalizar a opinião. O que outrora foi símbolo da liberdade democrática — a manifestação popular — agora é tratado como ameaça, delito, atentado contra o Estado.

A recente movimentação para que a Procuradoria-Geral da República avalie uma prisão preventiva contra o ex-presidente Jair Bolsonaro é o mais grave sintoma desse adoecimento institucional. O motivo? A convocação de atos democráticos, pacíficos e públicos pela anistia de brasileiros condenados pelos eventos do 8 de janeiro.

Ora, pedir anistia é crime? Manifestações públicas, protegidas pela Constituição, são agora classificadas como "coação no curso do processo"? Desde quando chamar o povo às ruas, dentro dos limites legais, se transformou em ameaça à democracia?

O que está em curso é uma tentativa clara de sufocar a oposição, de calar lideranças conservadoras e intimidar toda uma base que resiste às imposições de um poder cada vez mais concentrado. Bolsonaro é, hoje, a voz de milhões que não se dobraram à narrativa dominante. Por isso, é perseguido.

Não estamos falando apenas de um homem, mas de um símbolo. Um ex-presidente, líder do maior partido do Brasil, que mesmo inelegível ainda lidera todas as pesquisas de intenção de voto para 2026. E é justamente isso que incomoda tanto: ele segue vivo politicamente, e querem silenciá-lo de qualquer forma.

A prisão preventiva, medida extrema e rara, está sendo banalizada. Sem condenação, sem julgamento justo, apenas com base em interpretações subjetivas. É o uso do Direito como arma, não como escudo. Um retrocesso grave, perigoso, antidemocrático.

O Brasil vive hoje uma crise de liberdade. A liberdade de se expressar, de divergir, de mobilizar. Quando ela é ameaçada por quem deveria protegê-la, cabe a nós, representantes do povo, denunciar, resistir e defender a Constituição — toda ela, não só os trechos convenientes.

A história mostrará quem se calou diante do autoritarismo de toga. Eu não serei um deles.

Capitão Augusto
Deputado Federal (PL-SP)
Vice-presidente nacional do Partido Liberal

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