Felipe Neto proibido para crianças

O custo da liberdade

A internet é a ferramenta mais democrática criada nos últimos tempos. Nela, todos têm voz. Como tudo na vida, porém, isso também tem seu lado negativo. Medidas extremas, como a “Lei das Fake News”, que querem estabelecer censura nas redes, devem ser repudiadas, claro. Até mesmo os relatores da ONU e da CIHD, ambas defensoras contumazes das ideias progressistas, emitiram comunicado se posicionando contra o Projeto de Lei, dizendo que o mesmo, ao invadir a privacidade dos cidadãos e atacar a liberdade de expressão, cria mais problemas do que soluções. Todavia, para que não sejamos vítimas das nossas próprias liberdades, precisamos assumir a busca pela verdade e filtrar as informações que recebemos. Em um ambiente tão livre quanto a internet, precisamos cuidar, principalmente, do que nossos filhos têm acesso.

Esse é o principal perigo.

Menos conectados do que as gerações mais jovens, muitos acabam não conseguindo acompanhar o que está entrando em suas casas. Felipe Neto, por exemplo, conseguiu vários milhões de seguidores, entre eles muitas crianças, que jamais estariam lá se os pais tivessem ideia do tipo de conteúdo que o “Youtuber” oferta. E tudo se torna ainda mais difícil, quando se escondem atrás dos dispositivos criados para garantir a segurança aos bons. O citado influenciador, quando teve um vídeo exposto na minha página do Facebook, apelou para a proteção aos direitos intelectuais para derrubar o material. Nele, constava um compilado de momentos da “celebridade virtual”, onde ensinava as crianças, grande parte do seu público, a acessarem conteúdo adulto, ou discutia com elas sobre a necessidade de o homem aprender a fazer sexo oral; afirmando, inclusive, que as pessoas costumam ser melhores na prática em parceiros(as) do mesmo sexo.

Público infantil

Não foi por acaso que começou a ser seguido por crianças. A princípio, buscou meticulosamente este público, usando visuais inusitados, com cabelos coloridos, fazendo gracinhas infantis e até sorteando uma visita à “mansão dos Neto”, onde mora com seu irmão, também youtuber, que produz conteúdo exclusivamente voltado para estes espectadores. Grande defensor da “patrulha ideológica”, chegou inclusive a fomentar um boicote contra celebridades que não manifestassem repúdio contra o Presidente. Na ocasião, afirmou que “quem defende Fascista é Fascista”. No entanto, teve uma atitude bem mais ponderada, quando seu amigo, PC Siqueira, foi acusado de pedofilia, com fatos e fotos. Se defender um governo legitimamente eleito, nas urnas, é fascismo, o que é omitir-se diante de um pedófilo? E cientes de seu viés Progressista, ainda que não tenha sequer a mínima noção de conceitos básicos, que ignore inclusive o que é o fascismo. Agora, a extrema-imprensa vem alçando-lhe ao posto de comentarista e influenciador político, como foi feito no programa “Roda Viva” da TV Cultura.

A nossa liberdade

Nossa liberdade é extremamente importante e não podemos jamais permitir que o Estado, com a desculpa de proteger-nos, cerceie nossos direitos. Mas, precisamos, sim, nos proteger daqueles que entram em nossas casas, sem nem percebermos, para destruir as nossas famílias. Em suma, precisamos ser presentes e atentos a quem, e de que forma, está formando as ideias dos nossos filhos. Como sentenciou Thomas Jefferson: “O preço da liberdade é a eterna vigilância”.  

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