Bolsonaro assina decreto que facilita posse de armas

Bolsonaro assina decreto que facilita posse de armas

Texto estabelece situações em que está presente a 'efetiva necessidade' de possuir arma em casa. Decreto ainda estende de 5 para 10 anos a validade do registro da posse.

Capitão Augusto Deputado Federal

O presidente Jair Bolsonaro durante assinatura do decreto que flexibiliza posse de armas

O presidente Jair Bolsonaro assinou nesta terça-feira (15), um decreto que facilita a posse de armas de fogo.
O texto do decreto permite aos cidadãos residentes em área urbana ou rural manter arma de fogo em casa, desde que cumpridos os requisitos de "efetiva necessidade", a serem examinados pela Polícia Federal.
Cumpridos os requisitos, o cidadão poderá ter até quatro armas, limite que pode ser ultrapassado em casos específicos.
O decreto também prevê que o prazo de validade do registro da arma, hoje de cinco anos, passará para dez anos.

“Todo e qualquer cidadão e cidadã, em qualquer lugar do país, por conta desse dispositivo, tem o direito de ir até uma delegacia de Polícia Federal, levar os seus documentos, pedir autorização, adquirir a arma e poder ter a respectiva posse“, declarou o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.

A Polícia Federal decidirá se autoriza ou não a concessão da posse. Não terá direito à posse:

  1. Quem tiver vínculo comprovado com organizações criminosas;
  2. Mentir na declaração de efetiva necessidade;
  3. Agir como 'pessoa interposta' de alguém que não preenche os requisitos para ter posse.

Além disso, o decreto mantém a proibição de posse de armas de uso exclusivo das Forças Armadas e instituições de segurança pública.

O que prevê o decreto

Pelas novas regras, ficam estabelecidos os seguintes critérios para que o cidadão comprove "efetiva necessidade" de possuir arma em casa:

  1. Ser agente público (ativo ou inativo) de categorias como: agentes de segurança, funcionário da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), agentes penintenciários, funcionários do sistema socioeducativo e trabalhadores de polícia administrativa;
  2. Ser militar (ativo ou inativo);
  3. Residir em área rural;
  4. Residir em área urbana de estados com índices anuais de mais de dez homicídios por cem mil habitantes, segundo dados de 2016 apresentados no Atlas da Violência 2018 (todos os estados e o Distrito Federal se encaixam nesse critério);
  5. Ser dono ou responsável legal de estabelecimentos comerciais ou industriais;
  6. Ser colecionador, atirador e caçador, devidamente registrados no Comando do Exército.

Além disso, pessoas que morarem com crianças, adolescentes ou pessoas com deficiência mental deverão comprovar a existência de um cofre ou local seguro para o armazenamento.

Além das modificações atuais, o novo decreto mantém inalteradas exigências anteriores, como:

  1. Obrigatoriedade de cursos para manejar a arma;
  2. Ter ao menos 25 anos;
  3. Ter ocupação lícita;
  4. Não estar respondendo a inquérito policial ou processo criminal;
  5. Não ter antecedentes criminais nas justiças Federal, Estadual (incluindo juizados), Militar e Eleitoral.

 

Fonte: G1

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